30 de outubro de 2010

Anti - amor

Eu não gosto do amor. Não, eu não estou em completa sanidade mental. Mais estou sóbria e digo e repito quantas vezes me pedirem: Eu não gosto do amor. Eu não gosto do amor, porque eu já sei de cor e salteado o que vai acontecer. Eu sei que eu vou ficar boba, cantarolando pelas esquinas, pintando o céu inteiro de uma mistura infinita de cores, vou ficar suspirando, transferindo-me para um outro mundo e o cumplice dessa história me dirá palavras tão belas que eu chegarei a pensar que estou vivendo o momento mais feliz de minha vida. Vão ser os melhores beijos, os melhores abraços, as melhores músicas, mais tudo isso em menos de uma semana. E não, eu não estou errada. E agora, vou falar o que acontece depois: Ele te diz coisas horríveis, as palavras jorram como alfinetes gigantes perfurando todo o seu corpo, todos os seus sentimentos. Ele finge que não conhece as músicas que você dedicou para ele, que os beijos foram coisa de momento e que os abraços eram só de amigo. Ele muda completamente e o momento das flores passa a ser o momento dos espinhos. Antes ele te colocava no topo da montanha, te fazia acreditar que você era a pessoa certa, a mulher de sua vida. Agora, ele te empurra do topo, até voce chegar rolando ao chão, toda machucada, enquanto ele, lá de cima, ri de você, segurando a mão de uma outra pessoa ... Sim, sim, sim! Eu já sei o que vai acontecer, eu sempre sei o que vai acontecer. Isso é só o básico. E é por isso e por tantos outros motivos que eu, simplesmente não gosto do amor. Mesmo que ele seja indispensável. Eu não gosto e queria muito poder dizer: "Eu não preciso desse amor." Eu queria, mais não posso. E volto a dizer: é por isso e por tantas outras coisas que eu sou, fielmente, possessivamente, desesperadamente ANTI-AMOR.

1 de outubro de 2010

Amor .

Que sentimento é esse que nos faz enxergar tudo de outro ângulo, que nos torna capaz de acreditar, sonhar e aceitar? Faz tanto bem e tanto mal. Sorrisos e mágoas. Nos torna mais carentes ou mais protegidas. Eu já tentei me afastar dessa droga que chamamos de amor. Acho que posso chamá-lo de vício, ao menos no meu caso. Me sinto vazia por causa dele tantas vezes, mas raramente me vejo vazia do mesmo. Querer se livrar disso, não é o bastante. Infelizmente. Se ao menos esse amor fosse benéfico todo o tempo, mas não é. Me faz querer de forma incontrolável ele perto de mim, e só de mim. Só acho que a partir do momento que alguém entra em sua vida e te faz bem como ninguém, que te faz feliz e você também o faz, nunca deveriam se afastar. Nunca. O amor une e destrói. Ainda me conformo.